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Metade dos jovens brasileiros estão infectados com o HPV

A transmissão do Papiloma Vírus Humano ou HPV, principal causa da doença, pode ser prevenida a partir de uma simples vacina, a campanha Janeiro Verde alerta para a necessidade desses cuidados.

Estudo epidemiológico realizado pelo Ministério da Saúde, aponta que mais da metade da população brasileira jovem, 16 a 25 anos, está infectada com o HPV. O mês de Janeiro de 2020 é o mês de prevenção do câncer de colo do útero e é importante a conscientização dos pais para seus filhos e para si mesmos, para não serem acometidos por esta grave doença. A campanha Janeiro Verde alerta a população para os cuidados necessários.

O HPV é um vírus responsável por um elevado número de infecções que, na maioria das vezes não apresentam sintomas e são de regressão espontânea. Ela é uma das infeções de transmissão sexual mais comuns a nível mundial. O vírus engloba mais de 200 tipos de viroses relacionadas. Os tipos de HPV transmitidos sexualmente enquadram-se em duas categorias,  o HPV de baixo risco que não causam câncer, mas podem causar verrugas nos órgãos genitais e ânus (os tipos 6 e 11 do HPV são os mais frequentes) e o HPV de alto risco que podem causar câncer (cerca de 12 tipos de HPV de alto risco foram identificados, de entre os quais, os tipos 16 e 18 do HPV). A prevenção começa com um simples exame preventivo, já a transmissão é pela via sexual.

O contato oral-genital, genital-genital ou mesmo manual-genital, são as principais formas de transmissão, assim sendo, o contágio com o HPV pode ocorrer mesmo na ausência de penetração vaginal ou anal e também pode haver transmissão durante o parto. Não está comprovada a possibilidade de contaminação por meio de objetos, do uso de vaso sanitário e piscina ou pelo compartilhamento de toalhas e roupas íntimas. 

A infeção por HPV pode originar vários tipos câncer como: câncer do colo do útero, câncer vaginal, câncer anal, câncer da vulva, câncer orofaríngeo além do câncer peniano. A infecção genital pelo vírus é muito frequente e não causa sintomas ou doenças na maioria das vezes. Entretanto, em alguns casos, ocorrem alterações celulares que podem evoluir para o câncer.

Essas alterações não perceptíveis são descobertas facilmente através do exame preventivo chamado Colpocitologia que é mais conhecido popularmente como Papanicolau e que depois de detectadas são curáveis na quase totalidade dos casos. Por isso, é importante a realização periódica desse exame. O exame é indolor, simples e rápido. Pode, no máximo, causar um pequeno desconforto.

Toda mulher que tem ou já teve vida sexual e que estão entre 25 e 64 anos de idade deve fazer o exame que na maioria das vezes é gratuito. Devido à longa evolução da doença, o exame pode ser realizado a cada três anos.

Para maior segurança do diagnóstico, os dois primeiros exames devem ser anuais. Se os resultados estiverem normais, sua repetição só será necessária após três anos. Outras formas de prevenção são: o uso de preservativo, fazer a aplicação da vacina do HPV, falar com o parceiro(a) sobre as infeções de transmissão sexual e a sua prevenção e lembrando que  a realização regular do exame ginecológico é recomendado, mesmo que tenha feito a vacina.

As indicações devem ser observadas, pois mulheres com lesões pré-cancerosas ou com câncer de colo do útero em estágio inicial geralmente não apresentam sintomas. Os sintomas muitas vezes não começam até que a doença se torne invasiva e acometa tecidos próximos. Quando isso acontece os sintomas mais comuns são: sangramento vaginal anormal, sangramento menstrual mais longo que o habitual, secreção vaginal incomum com um pouco de sangue, sangramento após a menopausa, sangramento após a relação sexual e dor durante a relação sexual.

Estes sinais e sintomas também podem ser causados por outras condições além do câncer de colo do útero, por exemplo, uma infecção que pode provocar dor ou sangramento. Ainda assim, se algum destes sinais ou outros sintomas suspeitos surgirem, você deve consultar um ginecologista imediatamente, para que a causa seja diagnosticada e, se necessário, iniciar o tratamento. Quando detectado os tratamentos mais comuns para o câncer do colo do útero estão a cirurgia e a radioterapia. O tipo de tratamento dependerá do estágio da doença, tamanho do tumor e fatores pessoais, como idade e desejo de preservação da fertilidade.

Mas a conscientização e a prevenção são as verdadeiras vacinas contra a desinformação sobre o HPV. Se cuide mulher, agende sua consulta e cuide de você.

 

1 thought on “Metade dos jovens brasileiros estão infectados com o HPV”

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