Nesse verão a pele precisa de cuidados, a exposição excessiva à radiação solar pode causar vários problemas a saúde, inclusive o câncer de pele
O nosso astro rei, fornece um dos nutrientes mais importantes para o nosso organismo. A vitamina D é indispensável para manter os ossos fortes e é também um importante aliado do sistema imunitário.
Durante toda história da humanidade tem sido usado, como um dos recursos, para tratar e prevenir diversas doenças, uma vez que ele aumenta a imunidade e ajuda na produção de hormônios importantes para o corpo humano. No entanto, a exposição excessiva à radiação solar pode, também, causar inúmeros problemas à saúde e efeitos graves à pele.
O excesso de exposição em horários de alta radiação pode causar queimaduras severas na pele, provocando o surgimento de câncer de pele, que vem a ser um tumor que aparece na pele. Esse tipo de tumor é o câncer mais frequente no Brasil e no mundo. Comum em pessoas com mais de 40 anos, já surgimento em crianças e pessoas negras é considerado raro.
Quando as células se multiplicam sem controle a doença pode ser classificada em dois tipos de câncer de pele: O melanoma que tem origem nas células produtoras da melanina, substância que determina a cor da pele, e é mais frequente em adultos brancos e o câncer de pele não melanoma, mais frequente no Brasil e responsável por 30% de todos os casos de tumores malignos registrados.
A consulta a um médico especializado é importante no aparecimento de qualquer sintoma como: Manchas pruriginosas (que coçam), descamativas ou que sangram, sinais ou pintas que mudam de tamanho, forma ou cor e feridas que não cicatrizam em 4 semanas.
O câncer de pele ocorre principalmente nas áreas do corpo que são mais expostas ao sol, como rosto, pescoço e orelhas. Se não tratado adequadamente, pode destruir essas estruturas.
Vamos ver como ocorre o câncer de pele melanoma. Ele pode aparecer em qualquer parte do corpo, na pele ou mucosas, em forma de manchas, pintas ou sinais. As pessoas de pele escura, devem ter mais atenção, pois ele é mais comum nas partes mais claras do corpo como palmas das mãos e plantas dos pés.
Embora mais frequente no Brasil e corresponda a cerca de 30% de todos os tumores malignos registrados no país o câncer de pele melanoma representa apenas 3% das neoplasias malignas do órgão.
Esse é o tipo mais grave, devido à sua alta possibilidade de provocar metástase (disseminação do câncer para outros órgãos). O prognóstico desse tipo de câncer pode ser considerado bom se detectado em sua fase inicial.
Já o câncer de pele não melanoma que é o mais comum no Brasil, tem alta chance de cura, desde que seja detectado e tratado precocemente. Entre os tumores de pele, o não melanoma é o mais frequente e de menor mortalidade, mas pode deixar mutilações bastante expressivas se não for tratado adequadamente.
O câncer de pele não melanoma apresenta tumores de diferentes tipos. Os mais frequentes são: o carcinoma basocelular, o mais comum e também o menos agressivo. Ele se caracteriza por uma lesão (ferida ou nódulo), e apresenta evolução lenta. O carcinoma epidermoide, também surge por meio de uma ferida ou sobre uma cicatriz, principalmente aquelas decorrentes de queimadura. A maior gravidade do carcinoma epidermoide se deve à possibilidade de apresentar metástase (espalhar-se para outros órgãos).
Os fatores de risco do câncer de pele
Qualquer pessoa pode desenvolver o câncer de pele, mas aquelas com pele muito clara, albinas, com vitiligo ou em tratamento com imunossupressores, são mais sensíveis ao sol.
O câncer de pele é mais comum em pessoas com mais de 40 anos. Pessoas expostas aos principais fatores de risco para o câncer de pele não melanoma são as de pele clara, olhos claros, albinos ou sensíveis à ação dos raios solares, pessoas com história pessoal ou familiar deste tipo de câncer, pessoas com doenças cutâneas, pessoas que trabalham sob exposição direta ao sol. As pessoas expostas prolongada e repetida ao sol e que se expõem a câmeras de bronzeamento artificial, também podem ser afetadas.
Diagnóstico
O diagnóstico do câncer de pele é feito pelo dermatologista por meio de exame clínico. Em determinadas situações, é possível que o profissional de saúde utilize o exame conhecido como “Dermatoscopia”, que consiste em usar um aparelho que permite visualizar camadas da pele não vistas a olho nu. Em situações mais específicas ainda é necessário fazer a biópsia. A biópsia é o exame indicado para a confirmação diagnóstica do câncer de pele. O material coletado deve ser encaminhado para o laboratório de anatomia patológica que emitirá o laudo. Outros exames podem ser necessários para determinar o estadiamento da doença e decidir o tratamento mais adequado. Por esses exames é possível identificar se o câncer de pele é melanoma ou não melanoma e seus tipos.
Para a detecção precoce do câncer de pele, existem as estratégias de diagnóstico precoce e de rastreamento, consistindo este último na aplicação de exames em indivíduos saudáveis, sem sinais ou sintomas da doença, com o objetivo de detectar a doença em fase pré-clínica.
Para o câncer de pele não melanoma, sua identificação em fase bem inicial ou ainda de lesões pré-malignas possibilita melhores resultados em seu tratamento, com maiores chances de cura e menores sequelas cirúrgicas.
Tratamento
O tratamento mais adequado para este tipo de câncer é a cirurgia oncológica, mais indicado para tratar o câncer de pele para a retirada da lesão, que, em estágios iniciais, pode ser realizada em nível ambulatorial (sem internação). Já para casos mais avançados e para o câncer de pele melanoma, o tratamento vai variar de acordo com tamanho e estado do tumor, podendo ser indicado, além de cirurgia, a radioterapia e a quimioterapia. Existe também a terapia fotodinâmica (uso de um creme fotossensível e posterior aplicação de uma fonte de luz), que é mais uma opção de tratamento para a ceratose actínica (lesão precursora do câncer de pele), carcinoma basocelular superficial e carcinoma epidermoide “in situ” (Doença de Bowen). A criocirurgia e a imunoterapia tópica são também opções para o tratamento desses cânceres. No entanto, exigem indicação e precisam ser feitas por um especialista experiente.
Prevenção
A principal recomendação para a prevenção do câncer de pele é evitar a exposição ao sol, principalmente nos horários em que os raios solares são mais intensos (entre 10h e 16h), bem como utilizar óculos de sol com proteção UV, roupas que protegem o corpo, chapéus de abas largas, sombrinhas e guarda-sol.
Atualmente, estão disponíveis no mercado roupas e acessórios com proteção UV, que dão maior proteção contra os raios solares. Em caso de exposição solar necessária, principalmente em torno do meio-dia, recomenda-se a procura por áreas cobertas que forneçam sombra, como embaixo de árvores, marquises e toldos, com o objetivo de minimizar os efeitos da radiação solar.
O uso de filtro solar com fator de proteção solar (FPS) 15 ou mais é fundamental, principalmente quando a exposição ao sol é inevitável. O filtro solar deve ser aplicado corretamente, uma vez que o real fator de proteção desses produtos varia com a espessura da camada de creme aplicada, a frequência da aplicação, a perspiração e a exposição à água. De mesmo modo, deve ser utilizado também o protetor labial.
Recomendações especiais devem ser direcionadas aos bebês e às crianças, por ser, a infância, o período da vida mais suscetível aos efeitos danosos da radiação UV que se manifestam mais tardiamente na fase adulta.
Nas atividades ocupacionais, pode ser necessário reformular as jornadas de trabalho ou a organização das tarefas desenvolvidas ao longo do dia.
Fonte: Ministério da Saúde
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