De extrema importância para a saúde do bebê, o leite materno possui todos os nutrientes necessários para o seu desenvolvimento.
A alegria de trazer luz a uma vida é um momento especial para uma mãe e logo após o parto ela já pode começar a amamentar seu filho. Nos dias iniciais da vida do bebê, a mãe produz, em quantidades menores, um leite mais amarelado e mais grosso chamado de colostro. No colostro, a quantidade de anticorpos e células maduras é muito maior do que no leite maduro, o que ajuda na imunização do bebê contra muitos vírus e bactérias que estão no ambiente. Além disso, no colostro há substâncias que estimulam o intestino da criança a se desenvolver. Por ter efeito laxativo, o colostro auxilia na eliminação do mecônio (primeiras fezes do bebê), o que ajuda a evitar a icterícia. Por isso a importância de oferecer o leite materno desde o início da vida da criança ao invés do leite de vaca, se isso acontecer o bebê poderá desencadear alergias, além de ter o intestino agredido.
Passadas algumas semanas, a mãe começa a produzir normalmente o chamado “leite maduro”. Esse leite se apresenta com aspecto e composição diferentes do colostro, e contém proteína, lactose, vitaminas, minerais, água, gordura, enfim, todos os nutrientes que a criança necessita para seu crescimento e desenvolvimento até os seis meses de idade. No leite materno também se encontra os componentes imunológicos que protegem a criança.
Com o leite materno, o bebê terá menos chances de desenvolver doenças como, asma, alergias alimentares, rinite, bronquite, entre tantas outras. Além de beneficiar o bebê, a amamentação também beneficia a mãe, pois, através desse ato, além de se criar um
vínculo afetivo entre mamãe e bebê, a mãe se sente mais segura, menos ansiosa, seu útero volta ao tamanho normal mais rapidamente, além de apresentar menos chances de desenvolver anemia, hemorragias, câncer de mama e ovários no pós-parto.
Com a continuação da amamentação, o bebê passará a ter uma digestão mais fácil, porque o leite materno é mais bem absorvido e tolerado pelo organismo do bebê, diminuindo as cólicas. Por outro lado a mamãe também estará menos propensa a sofrer com osteoporose e voltará ao peso normal muito mais rapidamente. Depois de seis meses de vida, outros alimentos já podem ser oferecidos à criança, mas a mãe pode e deve amamentar o seu filho pelo menos até ele completar um ano de idade.
Esclarecido a importância do leite materno uma dúvida que persegue muitas mamães é se o leite delas é fraco. É importante saber que não existe leite fraco, e que cada mãe produz o leite ideal para o seu bebê.
Se todos os bebês fossem exclusivamente amamentados durante os seis primeiros meses de vida e continuassem a mamar até os dois anos de idade, quase um milhão e 300 mil crianças poderiam ser salvas, todos os anos, e outros milhares de meninos e
meninas cresceriam muito mais saudáveis em todo o mundo, segundo relatório da UNICEF -Fundo das Nações Unidas para a Infância.
Antes de tudo desfrute deste momento com o seu pequeno e não se isole. Algumas dicas são importantes neste período como privilegiar a higiene das mãos e dos mamilos, eles devem ser lavados antes e depois das mamadas e secos com cuidado. Para manter os mamilos secos entre duas mamadas, deve utilizar-se os discos de amamentação absorventes especiais que ajudam a prevenir o aparecimento das gretas e, consequentemente, mastites.
É importante saber oferecer o peito, sem empurrar a cabecinha do bebé, deve encostar-se o mamilo à bochecha do bebé, ele se guiará na direção certa, procurando agarrar o mamilo pra mamar. Um recém-nascido com apetite esvazia uma mama por completo.
A princípio o leite sai depressa, de modo a saciar a fome do bebé, e a seguir mais lentamente, permitindo-lhe, sobretudo satisfazer o seu desejo de mamar por este motivo e para a saúde dos próprios mamilos, não é necessário prolongar as mamadas para além dos trinta minutos. Quando tirar a mama da boca do bebé tenha cuidado ao retirar o mamilo, pois é muito provável que ele não o largue.
Uma dica que toda mãe faz é enfiar a dedo mindinho no espaço entre o ângulo dos lábios e o mamilo, fazendo com que o bebé abra a boca e largue facilmente a mama sem qualquer resistência e sem magoar a sua mãe.
As variações entre uma e outra refeição é normal porque a criança também tem variações de apetite ao longo do dia. O importante é que ingira a quantidade necessária durante as 24 horas.
Ao final da mamada o bebé deve ser colocado para arrotar. Porém, não é necessário insistir para que ele dê um arroto após cada mamada (se não arrotar ao fim de 3 a 5 minutos, provavelmente é porque não precisa). No momento do arroto é provável que, além do ar, suba do estômago uma pequena quantidade de leite (regurgitamento), um fenômeno normal que pode acontecer algumas vezes por dia.
Para iniciar a jornada da amamentação há quem use um soutien adequado, e uma almofada para auxiliar na posição que vai proporcionar um maior conforto à mãe e ao bebé, permitindo-lhes aproveitar esse delicioso momento. E se tiver dúvidas ou questões, peça ajuda!