Com o passar dos anos, as mulheres tornaram-se cada vez mais “multitarefas” e com isso ficam mais vulneráveis à doenças, sejam infecções rápidas ou doenças que se manifestam a longo prazo.
As mulheres deste novo século estão ficando mais vulneráveis à doenças que vão desde infecções rápidas até as que se manifestam a longo prazo. Os afazeres domésticos, o trabalho fora de casa, os cuidados com a família e os inúmeros afazeres, tem deixando a vida mais estressante e as respostas acontecem no corpo.
Ah vida da mulher! Sempre cheia de muitas responsabilidades, sempre naquela correria e aí sobra pouco tempo para cuidar da saúde. Com suas multitarefas do dia-a-dia algumas mudanças de hábitos são necessárias para evitar esse mal que atinge tantas outras mulheres. O uso de medicamentos fortes, absorventes e até mesmo nas relações sexuais, são fatores que levam a essa doença que é a Candidíase.
Os fungos, espécies que são influenciados pelo clima, encontram abrigo na região íntima feminina. Uma que se destaca é a Candida Albicans, infecção causada por um fungo do género Candida. Por ser um fungo muito comum ele pode causar infecção em praticamente todos os locais do organismo. No caso das infecções por candidíase, elas podem ser tanto superficiais, afetando a pele e mucosas, como serem invasivas, já que estas, mais comuns, quando acometidas em doentes debilitados por outras doenças ou que estejam submetidos a tratamentos médicos e cirúrgicos invasivos.
Cerca de 30 a 55% dos adultos tem esse fungo na orofaringe e em jovens saudáveis ele pode ser detectado em cerca de 40 a 65% da flora normal das fezes. Estes fungos são considerados oportunistas porque, em condições de boa saúde, não causam doença mas, quando o hospedeiro se encontra enfraquecido, provocam infecção.
Uma das formas mais frequentes desta infecção é a candidíase genital que afeta a vagina ou o pênis. O local que o fungo Candida reside é normalmente na pele e nos intestinos. A partir destes locais ele pode se propagar para os órgãos genitais. Normalmente a Candida não é transmitida por via sexual.
A candidíase genital tem se tornado muito frequente devido ao uso cada vez maior de antibióticos, contraceptivos orais e outros medicamentos que modificam as condições naturais da vagina favorecendo o crescimento do fungo. A candidíase acomete frequentemente as mulheres grávidas, as que estão menstruadas e também as que sofrem de diabetes. O uso de remédios como os corticosteroides ou as quimioterapias, para combater o câncer e a presença de doenças que deprimem o sistema imunitário como a AIDS podem facilitar a infecção, apesar de menos frequente.
Em cerca de 90% das mulheres a candidíase vulvovaginal é causada pela Candida Albicans. Os outros casos são causados por outras espécies de Candida. Quase 75% das mulheres terão pelo menos um episódio de Candida na sua vida e 40 a 45% terão dois ou mais. Entre 10 e 20% das mulheres são portadoras, mas não apresentam sintomas, sendo que na gravidez pode atingir os 40%.
A incidência da Candidíase tem aumentado significativamente nas últimas décadas por conta do aumento no número de procedimentos hospitalares, que não necessitam de cirurgias, mas que são realizados em ambiente hospitalar. Alem disso as novas formas de imunodeficiência associadas aos transplantes de órgãos e as infecções virais, como a infecção pelo vírus da AIDS, estão se tornando as causas importantes do aumento da mortalidade, maiores tempos de internamento e que levam a maiores custos. A candidíase invasiva engloba uma grande variedade de doenças invasivas e tende a ocorrer em doentes em estado crítico.
O que pode causar a Candidíase
A Candidíase sempre acontece quando as defesas imunológicas estão diminuídas. Como vimos, estes fungos são agentes oportunistas e são eles que causam a infecção.
Por isso devemos estar atentas ao uso de medicamentos como antibióticos, pílulas anticoncepcionais, corticoides, e as quimioterapias. Na gravidez e com a diabetes a falta de vitaminas também é um fator de risco. Muita atenção também as doenças que afetam o sistema imunológico, como a infecção pela AIDS, pois aumentam o risco de candidíase.
A manifestação da doença
Cada tipos de infecção irá apresentar um quadro clínico distinto e, do mesmo modo, o diagnóstico e tratamento terão de ser diferenciados e também os sintomas irão depender do território afetado.
Podem surgir nas diversas formas de infecção no sistema gastrointestinal como desde a orofaringe até o esôfago. No sistema respiratório. No sistema urinário, na bexiga e nos rins. No sistema hepático. Nas intervenções invasivas onde diversos órgãos podem ser afetados em simultâneo, neles incluindo o próprio coração, o cérebro, o globo ocular, os ossos e articulações.
Nas formas cutâneas a candidíase se manifesta pela presença de erupções que causam prurido, com formação de pequenas inflamações que criam bolhas. Quando essas bolhas ficam inflamadas são preenchidas com pus.
A candidíase genital feminina acontece quando ocorre um prurido ou irritação na vagina e na vulva, ocasionalmente libera uma leve secreção vaginal espessa. A vulva pode ficar vermelha por conta da inflamação, e a parede vaginal fica coberta por uma substância semelhante a queijo branco, embora possa ter um aspecto normal. Quando esse sintoma acontece as relações sexuais podem tornar-se dolorosas.
Nos homens a Candidíase geralmente não apresentam sintomas, mas na glande e no prepúcio podem apresentar irritações e dores, sobretudo depois da relação sexual. Pode surgir uma pequena secreção. A glande e o prepúcio podem apresentar uma cor avermelhada, com pequenas ulcerações ou feridas com crosta e estarem cobertas por uma substância semelhante a queijo branco.
Diagnóstico
O diagnóstico pode ser confirmado laboratorialmente por exame microscópico e é realizado de forma clínica ou através de uma cultura específica para fungos.
Após a coleta de amostras da vagina ou do pênis e examinando-as microscopicamente, no caso da candidíase genital, é possível que seja dado um diagnóstico imediatamente.
É também importante anotar a frequência dos episódios, fazer a observação e confirmar por meio da cultura.
Pode-se solicitar outros meios complementares de diagnóstico que permitirão uma melhor caracterização da gravidade da infecção, em função das localizações da candidíase.
Tratamento
O tratamento da candidíase é feito através de antifúngicos utilizados na forma de creme ou pomada, por via oral ou injetável, em função do quadro clínico.
A localização e o estado geral do doente são fatores importantes no tratamento da infecção, mas baseia-se na utilização de medicamentos. Como este fungo pode apresentar resistência a alguns dos medicamentos, é avaliado também os padrões de resistência de modo a se selecionarem as indicações médicas.
Prevenção
A prevenção, antes de tudo é feita através de uma nutrição adequada e a adoção de um estilo de vida saudável.
Já no caso das formas cutâneas, a prevenção passa pela manutenção da pele limpa e seca e pelo uso adequado dos antibióticos, um adequado tratamento das doenças que aumentam o risco da candidíase, como a diabetes ou a infecção pelo HIV, é essencial.
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